Do
livro: “SANTOS E HERÓIS DO POVO”
do
Cardeal Arns (Dom Paulo Evaristo Arns)
Edições
Paulinas-1985,
Quando
possível, será atualizado: “A.B.” (Atualização do Blog)
"Deus não
é um Deus
de mortos, mas de
vivos" (Mt
22,32b).
Antes de começarmos a enumerar os
Santos, gostaria de lembrar um estudante, militante da Ação Católica, que
participou das lutas de libertação do povo cubano. É JOÃO ANTÔNIO ECHEVERRIA,
assassinado em 1958. Acho que esse jovem não pode ser considerado comunista, a
julgar pelo que ele mesmo dizia em seu "Testamento
Político ao Povo Cubano": "Nós
acreditamos que chegou o tempo de se realizarem as promessas. Nós acreditamos
que a pureza de nossas intenções nos valerá o favor de Deus e que um dia
chegaremos, nós também, a um reino de
justiça em nossa Pátria".
Dos nossos dias e de El Salvador, uma
extraordinária mulher: MARIANELA GARCIA VILLAS, assassinada pelo exército aos
34 anos, em 1983, quando se encontrava junto a 90 camponeses, colaborando para
libertá-los. Reconhecida e premiada internacionalmente por sua luta, foi
fundadora e presidente da Comissão de Direitos Humanos de El Salvador,
Vice-Presidente da Federação Internacional de Direitos do Homem e membro da Pax
Christi Internacional. Seu corpo, segundo os representantes do bispo que o
receberam, apresentava os membros quebrados, perfurações no ombro e cabeça,
lascas de pedra e lesões em várias partes.
Na antigüidade, pelos fins do século
VI, viveu um homem célebre: SÃO
LEANDRO, Bispo e Confessor. Seus pais desapareceram quando
ele ainda era pequeno. Quem cuidou de sua educação foi uma irmã mais velha, bem
como seus irmãos Fulgêncio e Isidoro, ambos eruditos. Tornando-se monge, foi até
Constantinopla, onde travou uma grande amizade com aquele que mais tarde seria
o célebre Papa Gregório Magno, que na época era uma espécie de embaixador ou
núncio, nessa cidade. São Leandro foi eleito Arcebispo em 584 e teve uma parte
preponderante na conversão dos visigodos.
Vamos ainda lembrar AGNELO, de Pisa.
Franciscano ainda do tempo de São Francisco, foi ele quem fundou o primeiro
mosteiro de Paris. Depois passou para a Inglaterra e estabeleceu em Oxford uma
Escola de Teologia. Ambos os conventos se tornaram baluartes da Teologia,
especialmente da Teologia franciscana, no século seguinte. Viveu de 1194 a
1232.
Sempre
que alguém luta por amor ao povo, está levando consigo a força de Cristo, que
lhe dá coragem, que lhe abre as portas.