Textos do livro:
do Cardeal Arns (Dom Paulo Evaristo Arns)
Edições Paulinas-1985,
Sempre que possível será
atualizado: “A.B.” (Atualização do Blog)
"Não ajunteis para vós
tesouros na terra, onde a traça e o caruncho os destroem, e onde os ladrões
arrombam e roubam" (Mt 6,19).
Nossa meditação de hoje vai
iniciar-se com duas Santas. Elas vão encher de amor e ternura o nosso dia.
A primeira delas é SANTA ANA
LINA, da Inglaterra, viúva e mártir. Alma privilegiada, ela sabia duas coisas,
que realmente fazem a vida: a primeira, rezar. E a segunda, doar-se ao próximo.
Essas duas realidades encheram completamente a sua existência. De fato, prestou
grande serviço aos sacerdotes, dando ajuda aos que eram perseguidos. Quando as
más línguas começaram a criticar, — porque as línguas maldosas sempre se metem
na vida das pessoas bondosas — a nossa Santa apenas afirmou que só lastimava
não ter podido salvar mais do que uns mil sacerdotes perseguidos. Quisera ter
salvo muito mais! Embora tenha morrido em 1600, foi canonizada somente em
nossos dias, pelo Papa Paulo VI.
Outra mulher: a serva de Deus,
MARIA DELUIL MARTINI, francesa. Fundou, com a ajuda do Cardeal Dechamps, uma
sociedade com objetivos de reparação e oração. O que mais a preocupava na vida
era exatamente aquilo que ainda hoje nos preocupa: o problema do sacerdócio dos
fiéis; ou seja, como estes podem oferecer a Deus suas mágoas e dificuldades,
trabalhos e alegrias. Essa Santa foi assassinada por fanáticos, exatamente na
Quarta-Feira de Cinzas do ano de 1884, numa situação que leva a pensar que
tenha sido mártir.
Agora, vamos ao Egito, na cidade
de Alexandria, onde encontramos SÃO JULIANO, mártir, que viveu em meados do
século III.
Como não pudesse mais andar,
devido à idade avançada e à doença, foi levado até o juiz, por dois amigos
cristãos. Este, pensando que o velhinho fosse renegar sua fé, enfureceu-se, ao
ver frustradas suas expectativas. Como castigo, mandou colocá-lo sobre um
camelo e atravessar assim a cidade, para que todos pudessem zombar dele. A
seguir, condenou-o a ser atirado sobre a cal viva, onde morreu corroído,
queimado vivo, da maneira mais cruel, no ano de 250.
Temos ainda outro Santo: GABRIEL
DA VIRGEM DOLOROSA. Depois de uma vida mundana,
converteu-se, diante de uma imagem de Nossa Senhora. A fama de sua santidade
estendeu-se rapidamente, após sua morte, ocorrida em 1862, na cidade de
Abruzzos. Foi beatificado por Pio X e canonizado por Bento XV.
Nós que existimos hoje somos
chamados a não nos prendermos ao que passa. Somos todos caminheiros, rumo à
Casa do Pai.