“Muitos tentaram escrever a história dos fatos ocorridos entre nós, assim como nos transmitiram aqueles que, desde o início, foram testemunhas oculares e, depois, se tornaram ministros da palavra. Diante disso, decidi também eu, caríssimo Teófilo, redigir para ti um relato ordenado, depois de ter investigado tudo cuidadosamente desde as origens, para que conheças a solidez dos ensinamentos que recebeste.
(...) Jesus voltou para a Galiléia, com a força do Espírito, e sua fama se espalhou por toda a região. Ele ensinava nas sinagogas deles, e todos o elogiavam. Foi então a Nazaré, onde se tinha criado. Conforme seu costume, no dia de sábado, foi à sinagoga e levantou-se para fazer a leitura. Deram-lhe o livro do profeta Isaías. Abrindo o livro, encontrou o lugar onde está escrito: “O Espírito do Senhor está sobre mim, pois ele me consagrou com a unção, para anunciar a Boa Nova aos pobres: enviou-me para proclamar a libertação aos presos e, aos cegos, a recuperação da vista; para dar liberdade aos oprimidos e proclamar um ano de graça da parte do Senhor”. Depois, fechou o livro, entregou-o ao ajudante e sentou-se. Os olhos de todos, na sinagoga, estavam fixos nele. Então, começou a dizer-lhes: “Hoje se cumpriu esta passagem da Escritura que acabastes de ouvir.”
Na primeira parte deste Evangelho (1, 1-4), Lucas faz a introdução. Ele diz que antes de o Evangelho ser escrito, houve uma caminhada:
1. Os acontecimentos;
2. As pregações dos apóstolos e discípulos;
3. Vários escritos menores;
4. Os Evangelhos como conhecemos, pela Bíblia.
Na segundo parte deste Evangelho, Lucas fala que Jesus lê o profeta Isaias, na Sinagoga, e aplica a si mesmo o texto lido. Jesus foi consagrado pelo Espírito Santo, para anunciar a Boa Nova aos pobres: enviado para proclamar a libertação aos presos e, aos cegos, a recuperação da vista; para dar liberdade aos oprimidos e proclamar um ano de graça da parte do Senhor.
Jesus acrescenta: “Hoje se cumpriu esta passagem da Escritura que acabastes de ouvir.”
A mesma missão de Jesus. Ele encarrega os apóstolos, os discípulos e toda Igreja de realizar. Portanto, a missão da Igreja que compromete todos os batizados é: Evangelizar os pobres; proclamar a libertação aos presos; recuperar a vista aos cegos; libertar os oprimidos e proclamar um ano de graça, o tempo novo que Jesus veio trazer.
Por isso, acolher o Evangelho só pode ser aceito pelos pobres ou pelos que se fizerem pobres, esvaziando-se de si mesmos e abrindo-se à graça de Deus. E como consequência da aceitação do Evangelho, deve acontecer a libertação dos presos (de todo tipo de prisões); os cegos (de todos os tipos de cegueira) devem ter possibilidade de recuperar a vista; todos os oprimidos, marginalizados devem ter o seu lugar digno, neste mundo. A missão que Jesus propõe é uma “verdadeira revolução”.
Cada um de nós cristãos, deve se empenhar para que esse ano da graça, o tempo novo de Jesus aconteça.
A maior dificuldade não é pregar o Evangelho, mas dar testemunho; falar mais com a vida do que com as palavras.
Que nesta domingo, ao participar na Missa, peçamos a Jesus a graça de continuar crescendo na missão de sermos verdadeiros evangelizados, como tantos “santos” de todos os tempos, aqueles que caminha, conosco todos os dias.
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ORAÇÃO
Deus eterno e todo-poderoso,
dirigi a nossa vida segundo o vosso amor,
para que possamos, em nome do vosso Filho,
frutificar em boas obras.
Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
na unidade do Espírito Santo.
Amém.

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