Os DISCÍPULOS de JESUS e OUTRA ECONOMIA – 20 de março 2010



 Neste tempo da QUARESMA, estamos refletindo a CAMPANHA DA FRATERNIDADE ECOMÊNICA que nos propõe como TEMA: Economia e Vida
O LEMA: "Vocês não podem servir a Deus e ao dinheiro" (Mt 6,24).
Somos convidados a fazer um grande esforço para mudar nossa vida –  conversão – para viver o ideal que Jesus nos propõe nos Evangelhos. Os primeiros cristãos conseguiram viver esse ideal.
Vamos meditar alguns textos que nos propõe o TEXTO BASE DA CAMPANHA.

N.   94. Os discípulos de Jesus propuseram ao mundo uma grande revolução econômica, talvez a maior testemunhada na antiguidade. Nascida do seio das comunidades cristãs como fruto da convivência fraterna. Era introduzida no mundo greco-romano uma economia  diferente. A economia do Império Romano era resultado de política fiscal, fundava-se sobre os impostos.  Sua destinação era, sobretudo  a manutenção do complexo aparato burocrático e do amplo sistema militar.  
A economia cristã se baseava na distribuição da riqueza e era destinada a socorrer os segmentos mais vulneráveis da vida civil e social, geralmente não atendidos pelo Estado. 
O ideal das primeiras comunidades cristãs era a partilha solidária dos bens de modo que não houvesse ninguém que passasse necessidade.  

"Todos os que abraçaram a fé estavam unidos e tudo partilhavam. Vendiam as suas propriedades e os seus bens para repartir o dinhei­ro apurado entre todos, segundo as necessidades de cada um". (At 2,44-45).
O Livro dos Atos dos Apóstolos insiste: "A multidão daque­les que tinham abraçado a fé tinha um só coração e uma só alma e ninguém considerava como propriedade sua algum bem seu; pelo contrário, punham tudo em comum". (At 4,32).

N. 95. As comunidades cristãs, não somente pelo testemunho de mulheres e homens da Igreja das origens, mas também no decorrer dos séculos, são sempre lembradas do amor a Deus e da solidariedade, da justiça e da paz que fluem desse amor. As pessoas de fé oram a Deus e voltam seu pensamento e sua ação para as condições dos pobres e desprotegidos, daqueles que são negligenciados ou maltratados pelos poderes dominantes na sociedade.
Ambrósio, Bispo de Milão, revoltado pela crescente concentração de terras, pregava que a terra pertence a todos e não apenas aos ricos. Basílio, Bispo de Cesareia, exortando a não acumular bens supérfluos, concluía: "Quem acumula mais que o necessário pratica crime" (Basílio, séc. IV, Comentário a Mateus 25, 31-46).
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ORAÇÃO da
CAMPANHA da FRATERNIDDE ECOMÊNICA
“Ó Deus criador, do qual tudo nos vem,
nós te louvamos pela beleza e perfeição de tudo
que existe como dádiva gratuita para a vida.
Nesta Campanha da Fraternidade Ecumênica,
acolhemos a graça da unidade e da convivência fraterna,
aprendendo a ser fiéis ao Evangelho.
Ilumina, ó Deus, nossas mentes para compreender que
a boa nova que vem de ti é amor, compromisso
e partilha entre todos nós, teus filhos e filhas.
Reconhecemos nossos pecados de omissão
diante das injustiças que causam exclusão social e miséria.
Pedimos por todas as pessoas que trabalham
na promoção do bem comum e na condução
de uma economia a serviço da vida.
Guiados pelo teu Espírito, queremos viver o serviço
e a comunhão, promovendo uma economia
fraterna e solidária, para que a nossa sociedade
acolha a vinda do teu Reino.
Por Cristo, nosso Senhor.
Amém.

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